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Refúgio entre 'dois mares'

  • Foto do escritor: Anhembi Digital
    Anhembi Digital
  • 27 de nov. de 2018
  • 5 min de leitura

 

Entre Bertioga e Guarujá, a Prainha Branca é ideal para quem busca um recanto da capital paulista


Por: Danielle Reis & Maria Eduarda Yamamoto


 

A Prainha Branca é um dos últimos recantos praianos situado na reserva ambiental da Serra do Guararu. A vila habitada por cerca de 350 pessoas é para quem busca distância das praias superlotadas tanto do litoral Sul quanto Norte, e você ainda tem a chance de fazer uma trilha tranquila e bem sinalizada no meio da mata. Diversos campings fornecem estadia para os aventureiros que desbravam a reserva natural, além de dispor de restaurantes e quiosques. Dentre as diversas opções de descanso, a Prainha Branca também conta com outras duas praias vizinhas, a Preta e Camburi, e uma cachoeira.

 

Abaixo veja todos os detalhes para ter uma ótima experiência ao viajar para a Prainha

 

Como chegar?

Existem dois meios para chegar a Praia Branca:

- O primeiro é usando carro, pela Rodovia dos Imigrantes - leva cerca de 1 hora e 40 minutos. O trajeto conta com dois pedágios nos valores de R$3,40 e R$26,70, ao chegar na balsa de Bertioga existe a possibilidade de atravessar com o carro, pagando R$6,15 nos dias úteis e R$9,20 nos finais de semana, mas ao redor do porto são diversas as opções de estacionamento pelo preço de R$ 35,00 a diária. Caso ache esse valor muito alto pode deixar o carro na orla também.

- A outra opção é o ônibus, saindo do Terminal Jabaquara, linha Azul do metrô de São Paulo - tem o custo de R$ 40,35, leva cerca de 2 horas para chegar até o destino e fica cerca de 10 minutos a pé da balsa. Se está indo passar um final de semana ou feriado prolongado, a recomendação é que ao chegar no Guarujá você já compre a sua passagem de volta para São Paulo, com valor de R$ 33,80. Aos domingos à tarde as passagens de volta para a capital esgotam e você pode ficar preso no litoral por conta disso.


(Imagens da trilha que dá acesso a Prainha Branca / Foto: Maria Yamamoto)

 

O que levar?

A sugestão é que você leve o mínimo possível, já que a trilha, apesar de intensidade média, conta com muitas escadas e subidas; roupas leves e confortáveis, tênis, óculos de sol e repelente são sempre bem-vindos. Não esqueça a sua barraca, colchão inflável, câmera e biquíni. Levar uma coberta leve também é uma boa, já que a noite a temperatura pode cair. Alguns campings ainda oferecem lonas para cobrir a sua barraca caso chova à noite. Não é necessário se preocupar em levar algo se o clima mudar.

 

Onde se hospedar?

São diversas as opções de campings e algumas pousadas. A Pousada da Cici conta com piscina e suítes, mas uma boa pedida é não se deixar seduzir pelos primeiros pontos de acampamento logo depois que a trilha acaba. Mais para frente existem campings tão bons quanto e ainda ficam pertinho da praia. A recomendação é ficar no Brisa Camping, nem 1 minuto andando e já está com os pés na areia. Além do privilégio de poder dormir ouvindo o barulho do mar você ainda tem a sua disposição uma cozinha e banheiro comunitários com água quente. Mas chegue cedo em feriados e alta temporada: eles não trabalham por meio de reserva, e sim por ordem de chegada. Outra recomendação é o camping São José que fica na beira da praia e ainda possui um quiosque restaurante próprio, além de banheiros coletivos com água quente.

(Alguns dos campings disponíveis no decorrer da trilha / Foto: Maria Yamamoto)

 

Onde comer?

A infraestrutura da Prainha Branca, por conta da localização, é simples, poucos são os restaurantes quiosques. O mais conhecido (e lotado) é o Larica’s Point que serve café da manhã, almoço e petiscos para comer enquanto admira o mar logo à frente. Em dois dias com todas as refeições inclusivas foram gastos R$ 88 para o casal. A sugestão é que peça uma porção de iscas de peixes (R$ 25) e uma caipirinha de morango com saquê (R$ 20). Em feriados eles ainda oferecem música ao vivo.

(Fachada do Larica's Bar vista da praia)

 

O que fazer?

Além de curtir a calmaria da Prainha Branca, ainda é possível atravessar pelo mar quando a maré está baixa até uma outra ilha. Lá você tem a possibilidade de subir até o topo da montanha e apreciar uma vista panorâmica da praia, porém quando o mar está de ressaca a travessia é mais complicada; as ondas ficam fortes e o mar não está tão cristalino a ponto de você conseguir ver as pedras. A trilha para a praia Preta, praia do Camburi e a Cachoeira, em épocas de chuva, não é recomendada para todos, a lama que fica no caminho é igual sabão, você pode acabar escorregando e é perigoso já que fica na encosta de uma montanha. Só faça se tiver um tênis e não se importar de cair e se sujar de lama. Existe também a alternativa de ir pelas pedras a beira-mar, o trajeto não é tão escorregadio, mas é necessário ter condicionamento e muita força nas pernas para escalar. Se gosta de surfar é uma boa pedida ficar do lado oeste da praia Branca onde as ondas são mais fortes e altas.

(Diversos ângulos da Prainha Branca / Fotos: João Vitor Amaral)

 

Quem foi e recomenda

"Acampar é legal, mas se você gosta de uma mordomia a mais, igual a minha namorada, é bom ficar em pousada", diz João Vitor Amaral que está na terceira visita à Prainha Branca. "Ficando em pousada você já se livra de dois pesos: a barraca e o colchão inflável, já alivia na trilha", complementa. Júlio César Reis, por outro lado, diz que foi a primeira vez que teve contato com a Prainha Branca: "Minha estadia foi muito agradável pelo simples fato de ser seguro e ter fácil acesso ao Larica’s Bar, um lugar estranhamente econômico. Achei que seria muito caro por conta da dificuldade de chegar as coisas lá". Umas das maiores vantagens de ir à Prainha Branca é a facilidade de encontrar todos os tipos de ambientes em um mesmo lugar; praias, ilha, cachoeira e lagoa. "Tendo em mente tudo o que tínhamos de fácil acesso, ao meu ver, seria desperdício não aproveitar conhecendo todos os lugares ao máximo", conclui Júlio. ‘"Eu adoro aquele lugar", diz Luana Farro de 20 anos. Para ela, a a Prainha é um oásis. "A praia é vazia, a trilha é super tranquila e você tem tudo a sua disposição", explica. Farro finaliza: "Se comparar com outras praias de São Paulo você percebe que lá é outro nível, seguro. As praias são limpas, as pessoas têm um maior respeito pelo lugar e pela natureza, não se vê isso em muitos outros lugares de SP".


(Vista para as praias / Foto: Maria Yamamoto)


O grupo fechado Prainha Branca - Guarujá SP (hink) na rede social Facebook conta com um pouco mais de 24.500 membros, onde diariamente os integrantes postam diversas fotos das visitas à Prainha. Dentre as opiniões referentes ao lugar, Will Mendes comenta: "A resistência dos habitantes em impedir que a especulação imobiliária se apossasse de uma parte da Prainha" é um dos pontos fortes a ser levado em consideração quando falamos sobre o sossego do lugar. Já Regi Ziane, que vive atualmente na Alemanha, ressalta: "Toda vez que vou ao Brasil tenho que voltar lá, adoro o nascer do sol na Prainha. O fato de não ter automóveis por lá faz da ilha pra mim um pedacinho do paraíso" . Já Eliam Moura enfatiza o mar calmo:"A parte que as ondas quase nunca quebram próximo a ilha, parece uma piscina, ideal para crianças".


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