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Categorias de base: Onde o futebol nasce

  • Foto do escritor: Anhembi Digital
    Anhembi Digital
  • 27 de nov. de 2018
  • 5 min de leitura

O ponto inicial da carreira de todos os jogadores, o lugar que alguns conseguem chegar e poucos conseguem sair.


Por Carlos Eduardo, Eduardo Gambier, Gabriel Amaral, Guilherme Pina e Rodrigo Fiore


Na base do dinheiro


Jogadores da base movimentam em torno de R$ 386 mi e ajudam a enriquecer o caixa dos clubes brasileiros


Por Eduardo Gambier e Rodrigo Fiore



A categoria de base é o ponto inicial na vida esportiva de jovens atletas, que sonham seguir uma carreira no esporte mais praticado do mundo. O Brasil é conhecido mundialmente por ser um formador de jogadores, que vão atuar dentro e fora do país. Dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontam que anualmente a taxa de garotos que optaram por atuar no exterior cresce gradualmente: em 2016, clubes do campeonato nacional cederam aproximadamente 440 jogadores para o futebol mundial. Cabe ressaltar que foram negociados Gabriel Jesus (Palmeiras), Gabriel Barbosa (Santos), Wallace (Grêmio), Thiago Maia (Santos), Douglas Santos (Atlético MG) e William (Internacional). Neste curto período o futebol nacional conseguiu movimentar em torno de R$ 386,4 milhões.Desde de 2011 os clubes necessitam do Certificado de Clube Formador (CCF), emitido pela CBF. Nele existem duas categorias, independentemente da divisão que disputa, A com validade de 2 anos e a B com validade de 1 ano. As exigências para o certificado A são as seguintes: 1) Técnicos e preparadores físicos exclusivos2) Participação em competições oficiais3) Programa de treinamento (local, horários, faixa etária, atividade escolar etc)4) Assistência educacional5) Assistência médica em 2018, a CBF divulgou a lista mais recente dos clubes formadores com certificados A e B. Certificado A: Bahia, Vitoria, Ceará, Real Noroeste, Goiás, Atlético MG, Cruzeiro, Desportiva Paraense, Porto- PE, Sport, Atlético PR, Coritiba, Paraná, PSTC, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Nova Iguaçu, Vasco, Grêmio, Internacional, Ivoti, Juventude, Botafogo-SP, Corinthians, Desportivo Brasil, Mirassol, Novorizontino, Osasco, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Brasil, Santos, São Caetano, São Paulo, XV de Piracicaba, Criciúma, Figueirense. Cerificado B: América-MG, Ferroviária-SP, Ituano, Avaí, Chapecoense, Guarani-SC e Tubarão- SC. (Em negrito os clubes da Série A de 2018)O futebol sempre obteve destaque no cenário nacional, grandes investimentos são realizados em torno do esporte mais popular do mundo. Os grandes clubes do Brasil, na maioria das vezes, oferecem estabilidade, educação e um alto nível de preparação física. Contudo, uma pequena parcela conquista um contrato com todos os direitos trabalhistas e alto salário no Brasil. Pesquisas realizadas da CBF em 2016 apontam que 82,4% dos jogadores recebem até R$ 1.000 de salário, enquanto o número que recebe entre R$ 50.000 e R$ 100.000 corresponde a 0,40%. A medida que o salário aumenta na pesquisa a porcentagem vem caindo gradativamente. O levantamento mostrou também o tipo de contrato entre jogador e clube e chama a atenção o fato do número de vinculo não profissionais ser acima de 22 mil e o contrato definitivo representar mais de 28 mil. Europa O velho continente apresenta uma estrutura a ser observada em relação a brasileira. Por exemplo, os 20 clubes que compõem a Premier League são formadores de atletas, investem não só na ala masculina, mas também na feminina. Toda a seleção da Inglaterra é formada por jogadores que cresceram e desenvolveram-se no seu próprio território e com uma média de 26 anos e 11 atletas com idade olímpica. No Brasil há investimento europeu, como dos clubes Barcelona, PSG, Internazionale, Roma e Milan, times da elite mundial que trouxeram a sua marca para buscar o talento nacional, utilizando a filosofia europeia de priorizar o jogo em equipe – o que acaba sendo mais importante do que o talento individual que é empregado nas escolinhas brasileiras. O caso mais impactante é a escolinha do Barça que tem unidades em São Paulo e Rio de Janeiro e conta com 1,8 mil alunos (contando meninas). A base nos clubes brasileiros melhorou muito nos últimos anos visto a criação do certificado dos clubes formadores. Além de um calendário estruturado, também conta com o preparo dos clubes que se aprimoraram, como por exemplo o Palmeiras, e os que já usufruíram de uma boa estrutura e desenvolveram ainda mais, como o São Paulo que investe ano a ano na estrutura do CFA de Cotia. Cabe aos dirigentes melhorar ainda mais e deixar mais atrativo o nosso “celeiro de craques” para não perdemos mais talentos tão precocemente, como o Diego Costa que começou no brasil jogando na base do Barcelona do Ibiúna e só jogou profissionalmente na Europa.

Em Sertãozinho há talento


Família, dúvidas, anseios e cansaço são obstáculos que Helinho precisou lidar para que pudesse vestir a camisa tricolor


Por Guilherme Pina

Rodeado de uma influência futebolística, Helio Junior Nunes de Castro, mais conhecido como ‘’Helinho’’, de 18 anos, teve que superar a distância da família e a quebra de expectativa que um jovem enfrenta até poder se considerar um atleta profissional.


Em Hollywood era mais fácil

A questão familiar está diretamente ligada à sua formação. O desejo de ser jogador também passou pelo seu pai e seus irmãos, objetivo esse que não foi realizado, o que motivou Helinho a ‘’fazer a diferença na família’’, de acordo com o próprio. Seus pais tiveram que ver o filho brilhar a quilômetros de distância, devido ao deslocamento de sua cidade natal. Oriundo de Sertãozinho, interior de São Paulo (335 km da capital paulista), Helinho foi até a capital seguir o seu sonho de jogar no São Paulo. Logo ao iniciar seu treinamento, se deparou com diversas dificuldades, a competição dentro do clube o fez não ser escalado com tanta frequência, além de ter que se adaptar a um treino intenso, algo que não estava acostumado a princípio. “No começo sofri bastante, a partida era muito veloz, nunca tinha participado de jogos e treinos tão intensos”, relembra Helinho. Segundo o jogador, essa rotina regrada fez o atleta se adaptar e logo crescer dentro do grupo. Em suas palavras, “isso me fez crescer, ter mais responsabilidade, atitude e coragem”.


Realizações e objetivos

O futebol foi o responsável por fazê-lo crescer como pessoa. Além de ter transformado a vida dele, quando já era jogador efetivo do clube ou em sua infância e sua vida antes de entrar nos gramados. O esporte profissional também proporcionou uma ajuda financeira a sua família, algo que inevitavelmente chama muito a atenção dos jovens. Manter sua família em boas condições é uma das suas inspirações, e poder fazer isso através do seu sonho de infância é o que o realiza. Helinho afirma que “fazer a diferença” é o seu objetivo como profissional. “Ser um jogador de alto nível”, sonha.


A luz no fim do caminho

A experiência com a seleção brasileira em 2017, de acordo com o jogador, foi a que mais marcou sua carreira até então. Uma não convocação o abalou. Além de se lamentar, Helinho se encontrou com a religião para se confortar em um momento de desilusão. Com uma reviravolta repentina, Helinho foi convocado dois dias antes do mundial sub-17 do mesmo ano, devido a um desfalque inesperado: um jogador convocado se lesionou às vésperas do campeonato. “Não queria que um companheiro se machucasse, mas infelizmente aconteceu”, afirma após contar sobre o incidente. “Acredito que foi Deus na minha vida, porque só ele pode fazer isso”, como o atleta que não deixa de agradecer a Deus por ser escalado de forma tão surpreendente. Junto a importância da fé e devoção, Helinho passa uma mensagem para os jogadores que estão iniciando sua carreira: pede para que todos se esforcem. “Não vai ter ninguém do seu lado para conversar, e nessa hora você tem que colocar o joelho no chão e orar muito”, recomenda, “Faça sua parte, Deus vai fazer a dele’’. Helinho passou por dificuldades, como morar longe da família, adaptações com o ritmo intenso dos treinos e não convocações, e mesmo perdendo dias em claro, tudo no final valeu a pena. Afinal, sua promoção ao time principal mostra que com esforço e foco, o resultado sempre chega e esse é só o começo de uma nova história.


Jóias do São Paulo revelam os obstáculo da carreira de um jogador de futebol


Jonas Toró e Weverson Costa contam as dificuldades e as curiosidades de suas carreiras no futebol

Por Carlos Eduardo e Gabriel Amaral







































 
 
 

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