top of page

Exposição histórica dos 70 anos de MAM

  • Foto do escritor: Anhembi Digital
    Anhembi Digital
  • 28 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Em comemoração ao seu aniversário, o museu celebra com toque de nostalgia.

Um dos maiores expoentes culturais e artísticos da capital paulistana e do Brasil, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, ou simplesmente MAM/SP, está completando suas setenta primaveras. E como uma data tão especial não poderia passar em branco, o museu organizou uma exposição repleta de obras que fazem alusão a todos esses anos em que a instituição vem participando da construção cultural do país, a chamada MAM 70: MAM e MAC USP. Mas o quanto da história do MAM já conhecemos?


Correspondendo à vontade de muitos intelectuais e artistas que ansiavam por um museu de arte moderna na capital paulistana, o MAM iniciou sua jornada no ano de 1948, por iniciativa do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, conhecido por Ciccillo Matarazzo. Seus primeiros passos, assim como os de muitas instituições que posteriormente atingiram o sucesso, não foram dos mais glamorosos. A primeira sede do museu se deu nas dependências da metalúrgica de Matarazzo, até a inauguração de sua sede oficial, localizada no 3º andar do prédio dos Diários Associados, na rua 7 de Abril no centro de São Paulo. Seu acervo inicial, de apenas 95 obras, era composto basicamente pela coleção pessoal do próprio industrial e o de sua esposa. Para se ter uma ideia de como o museu construiu sua importância cultural ao longo dessas sete décadas, é válido ressaltar que atualmente seu acervo conta com mais de 5 mil obras dos artistas mais renomados da arte moderna e contemporânea, valorizando principalmente a arte brasileira.


Um pouco mais da historia


Mas o caminho até tal êxito não foi fácil e nem tranquilo. Desavenças recorrentes entre Matarazzo e os diretores e conselheiros artísticos sobre os próximos passos que o museu daria, seguido da coadjuvação que o MAM adquiriu após a criação da Bienal do Museu da Arte Moderna, hoje conhecida por Bienal Internacional de São Paulo, instituição que se tornou o foco principal do fundador, fizeram com que Ciccillo Matarazzo decretasse, em 1963, a extinção do MAM, doando todo o seu acervo para a USP, o que encerra a fase inicial do museu.

O que poderia ter sido o fim de algo grandioso transformou-se em resiliência, quando a luta de sócios pela sobrevivência do museu resultou em uma reestruturação da instituição e no início de uma nova fase. Dessa forma, em 1969, ocorreu a reinauguração do MAM com a mostra Panorama de Arte Atual Brasileira, sediada na marquise do parque do Ibirapuera, onde está até os dias atuais, e onde a mostra Panorama ainda ocorre a cada dois anos, após mapeamento de obras contemporâneas advindas de todas as regiões do país, tendo tornado-se relevante no circuito artístico internacional. Há ou não muito o que se mostrar em uma exibição sobre a história do museu?




A exposição comemorativa está organizada em duas partes, pensadas para representar as duas fases vividas pelo museu. Na Sala Paulo Figueiredo estão as obras colecionadas durante o período inicial do MAM (antes de ser dado como extinto). Já na Grande Sala, encontram-se obras das coleções do MAM e do MAC USP, que representam o reinício da instituição. Em ambas as salas, os valores do museu de “Formação de coleção a partir de mostras prospectivas”, “Missão pedagógica”, “Expansão da fotografia como arte” e “Desafio do contemporâneo” estão representados através de suas obras. “Toda a exposição está sendo muito bem recebida e com grande visitação”, destaca o curador da mostra, Felipe Chaimovich.

A mostra MAM 70: MAM e MAC USP ocorre na sede do MAM no Parque Ibirapuera desde o dia 5 de setembro e vai até 16 de dezembro. Seu ingresso é vendido a 7 reais, sendo gratuito aos sábados. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h). Com certeza vale muito a pena conferir e se encantar com todos os detalhes da exposição! Para mais informações, é possível acessar a página da mostra através do site do MAM no link: http://mam.org.br/exposicao/mam70/


Por Andrine Souza, Marcelo Schutzer, Vinicius Figueira, Guilherme Henrique Carvalho, Fernanda Pacheco

 
 
 

Comments


bottom of page