Museu da Língua Portuguesa entra em fase final após incêndio que destruiu seu acervo
- Anhembi Digital
- 4 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
Fechado desde 2015 devido à falta de manutenção que resultou em um grave incêndio, o Museu recuperou seu acervo e tem previsão de reabertura em 2019
Inaugurado em 20 de março de 2006 o Museu da Língua Portuguesa teve suas portas abertas ao público em 21 de março daquele mesmo ano. Em seus três primeiros anos de funcionamento mais de 1,6 milhões de pessoas já visitavam o espaço, sendo considerado como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.
No dia 21 de dezembro de 2015, um incêndio de grandes proporções atingiu o prédio do museu. No total foram 37 viaturas do Corpo de Bombeiros. A causa do incêndio foi dada por um curto-circuito que teve início no primeiro andar do prédio, no qual era exibida a exposição "O tempo e eu", baseada nos trabalhos do historiador Câmara Cascudo. Gabriela Lira, frequentadora do museu lamenta o acontecido. “A lingua portuguesa faz parte da nossa história e da nossa formação. É um fruto muito rico. É tudo muito histórico, fica claro que foi um reflexo de descaso, da pouca importância que a gente dá para as pesquisa, educação e cultura aqui no Brasil.”
O bombeiro civil do museu, Ronaldo Ferreira da Cruz, faleceu de parada cardiorrespiratória enquanto tentava conter o fogo. Apesar das instalações terem ficado totalmente destruídas, não houve 100% de prejuízo ao acervo. A sua maior parte digital pode ser recuperada a partir de cópias de segurança. “Nem sempre temos cópias, nem sempre são feitas cópias da época que foi feita a peça original. Cada peça é única e uma vez que você perde isso verá uma reação em cadeia, é perdido o objeto em si”. Diz Carolina Barreto, gerente do museu.
Em 12 de dezembro de 2016, o governo do estado de São Paulo anunciou a parceria "Aliança Solidária" e anunciou que o museu deve voltar a receber visitantes no primeiro semestre de 2019.
O custo total da obra de recuperação será de 65 milhões de reais, dos quais 34 milhões são investimentos da iniciativa privada. A empresa portuguesa Energias de Portugal é a principal patrocinadora. O Grupo Globo e o Grupo Itaú também participam dessa Aliança.
No dia 21 de dezembro de 2016 foram iniciadas as reformas no Museu, restaurando primeiramente a face leste do edifício. Já no ano de 2017 a restauração teve como foco reconstituir e restaurar as fachadas restantes do Museu que sofreram deteriorações no incêndio de 2015.
O modelo da estrutura arquitetônica será mantido, os planos e projetos para 2018 enquadravam a reconstituição do telhado, a parte hidráulica e elétrica. A reforma também contará com a cobertura de zinco no estabelecimento, vidros temperados (para combater o alastramento de chamas) e equipamentos mais modernos, prevenindo possibilidades futuras de incêndios.
Autores: Giovanna Mendes Joaquim e Rafael Pereira Peixoto
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